"MY ASIAN MOVIES"マイアジアンムービース - UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!!

quinta-feira, março 27, 2008

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático que está sujeito ao vosso escrutínio, no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Yasujiro Ozu
Filmografia (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto, basta clicar):
  1. Sword of Penitence (1927)
  2. Dreams of Youth (1928)
  3. Wife Lost (1928)
  4. Pumpkin (1928)
  5. A Couple on the Move (1928)
  6. Body Beautiful (1928)
  7. Treasure Mountain (1929)
  8. The Life of an Office Worker (1929)
  9. Days of Youth (1929)
  10. Fighting Friends (1929)
  11. I Graduated But...(1929)
  12. A Straightforward Boy (1929)
  13. That Night's Wife (1930)
  14. Introduction to Marriage (1930)
  15. Walk Cheerfully (1930)
  16. I Flunked But...(1930)
  17. The Revengeful Spirit of Eros (1930)
  18. Lost Luck (1930)
  19. Young Miss (1930)
  20. The Lady and Her Favorite (1931)
  21. Beauty Sorrow's (1931)
  22. Tokyo Chorus (1931)
  23. Spring Comes From the Ladies (1932)
  24. Children of Tokyo (1932)
  25. Where Are the Dreams of Youth (1932)
  26. Until the Day We Meet Again (1932)
  27. Woman of Tokyo (1933)
  28. Dragnet Girl (1933)
  29. Passing Fancy (1933)
  30. A Mother Should Be Loved (1934)
  31. A Story of Floating Weeds (1934)
  32. An Inocent Maid (1935)
  33. An Inn in Tokyo (1935)
  34. Kagamijishi (1936)
  35. College Is a Nice Place (1936)
  36. The Only Son (1936)
  37. What Did the Lady Forget ? (1937)
  38. The Brithers and Sisters of the Toda Family (1941)
  39. There Was a Father (1942)
  40. The Record of a Tenement Gentleman (1947)
  41. A Hen in the Wind (1948)
  42. Late Spring (1949)
  43. The Munekata Sisters (1950)
  44. Early Summer (1951)
  45. Flavor of Green Tea Over Rice (1952)
  46. Tokyo Story (1953)
  47. Early Spring (1956)
  48. Tokyo Twilight (1957)
  49. Equinox Flower (1958)
  50. Good Morning (1959)
  51. Drifting Weeds (1959)
  52. Late Autumn (1960)
  53. The End of Summer (1961)
  54. An Autumn Afternoon (1962)



A Lenda de Suriyothai/The Legend of Suriyothai/Suriyothai (2001)

Origem: Tailândia

Duração: 137 minutos

Realizador: Chatrichalerm Yukol

Com: M. L. Piyapas Bhirombhakdi, Sarunyu Wongkrachang, Chatchai Plengpanich, Johnny Anfone, Mai Charoenpura, Sinjai Plengpanich, Sorapong Chatree, Ampol Lamppon, Supakorn Kitsuwan, Penpak Sirikul, Thongwiset Wannasa, Saad Peampongsanta, Yani Tramod, Soranut Chatwiboon, Russaya Kerdchai, Pisan Akaraseni, Phimonrat Phisarayabud

"A Rainha Suriyothai prepara-se para a batalha"

Estória

Na Tailândia do Séc. XVI, a jovem princesa “Suriyothai” (Phimonrat Phisarayabud) encontra-se apaixonada pelo valente Lorde “Piren” (Soranut Chatwiboon), sendo no entanto obrigada a casar com o príncipe “Tien”(Sarunyu Wongkrachang), em nome da paz entre os diferentes reinos do Sião. Com o tempo, “Suriyothai” acaba por aprender a gostar de “Tien”, essencialmente devido à sua bondade, e torna-se a sua mais leal conselheira.

Anos mais tarde, o principal reino do Sião, Ayutthaya é governado pelo rei “Chai Raja”, que assumiu o trono em ordem a proteger o território dos invasores birmaneses. O monarca, após a morte da mulher, toma como nova esposa a pérfida “Srisuchadan” (Mai Charoenpura), uma descendente da dinastia deposta dos Uthong. A nova rainha apaixona-se por “Worawongsa” (Johnny Afone), e juntos congeminam o assassinato do rei, em ordem a tomar o trono, o que acaba por acontecer.


"O principe Tien a caminho de ser coroado"

“Suriyothai” (M. L. Piyapas Bhirombhakdi), agora uma mulher experiente, tenta defender a posição do marido, o príncipe “Tien”, e roga ao seu amor de adolescência Lord “Piren” (Chatchai Plengpanich), agora comandante dos exércitos reais, que lute contra “Srisuchadan” e “Worawongsa”. “Piren” é bem sucedido no ataque e os usurpadores são mortos.

O principe “Tien” torna-se no monarca reinante. No entanto, o inimigo fidagal birmanês descobre as lutas de poder de Ayutthaya, e invade o reino, tentando aproveitar-se da instabilidade. O exército do Sião parte para uma grande e decisiva batalha, e Suriyothai acompanha-o dando o exemplo na defesa da nação.


"Os amantes e usurpadores, Worawongsa e Srisudachan"

"Review"

“A Lenda de Suriyothai” constitui mais uma grande produção asiática, constituindo de longe a mais dispendiosa obra do cinema tailandês (falou-se em quase 20 milhões de dólares). E a primeira característica que desde logo marca esta película é que provavelmente deve ser dos filmes mais “reais” e “nobres” que existem. Isto no sentido do denominado “sangue azul”. Estranha à primeira vista esta afirmação, não! Passo a explicar. O filme foi pago na sua exclusividade com fundos pertencentes à Rainha Sirikit da Tailândia, mulher do actual rei Rama IX (a Tailândia é uma monarquia parlamentar à semelhança de, por exemplo, o Reino Unido ou a Espanha). A actriz principal M. L. Piyapas Bhirombhakdi, que representa a princesa Suriyothai na sua fase adulta, é um membro da família real tailandesa, ostentando o título de Mom Luang (daí o M.L. no início do nome da intérprete). O realizador Chatrichalerm Yukol é, ele próprio, um parente afastado da rainha Sikirit. E claro está, o filme visa ser uma biografia de uma das figuras mais emblemáticas da história tailandesa, que é uma princesa e posteriormente rainha.

Consta que foi da própria rainha Sikirit, a ideia da realização deste filme, por entender que as escolas tailandesas já não ensinam pormenorizadamente a história do seu país. Pensou a monarca que o cinema seria uma boa maneira de chegar às mentes e corações da população, e daí surgiu o embrião para que “A Lenda de Suriyothai” visse a luz do dia. O filme impressiona de facto pela sua pujança, e sente-se à primeira vista que houve uma grande necessidade de ostentação. Os milhares de figurantes presentes nas batalhas foram recrutados do exército e marinha tailandesas, para além de dezenas de elefantes pertencentes à monarquia. Muitas das cenas foram filmadas nos sumptuosos palácios pertencentes à realeza daquele país, ricamente ornamentados, com decorações de sonho, que visam sobretudo demonstrar faustosidade. A grandiosidade demonstrada em muitos aspectos do filme, desemboca em algo bastante frequente nos filmes tailandeses, o antagonismo com a Birmânia (actual Myanmar). O filme foca mais uma das fases conflituosas com o país vizinho, reconduzindo-se por vezes a um teor nacionalista e propagandístico. A lição de história também serve para dizer mal do vizinho autocrático. Atente-se à foto do rei “Hongsa”, o monarca dos birmaneses à altura, presente neste texto e digam lá se não parece um demónio sanguinário e calculista!

Esta longa-metragem ganhou uma certa notoriedade, que constituiu motivo suficiente para ter direito ao apadrinhamento do mítico realizador Francis Ford Coppola, que reeditou o filme, reduzindo-o para 137 minutos, quando o original possuía quase 3 horas, tendo inclusive sido realizada uma versão de quase 5 horas!!! O reeditamento efectuado explica bastante uma das principais falhas da película, no sentido de por vezes depararmo-nos com sequências de cenas que não fazem lá muito sentido. A razão estará supostamente nos cortes efectuados, pois em princípio a versão original que contava, como atrás foi dito, com 3 horas, deixaria certamente muitas poucas pontas soltas. Na sequência do interesse do realizador americano, a película mereceu uma estreia nos E.U.A., sob a chancela “Francis Ford Coppola presents”. Esta situação poderia eventualmente dar azo a que os americanos, muitas vezes com a sua mania das grandezas, pensassem que Coppola teria ido “dar uma perninha” à Tailândia, e realizado um filme totalmente oriental. Com certeza que vocês estarão a pensar agora que eu estarei a exagerar e que “presents” não é a mesma coisa que “directed by”. Pois eu lembro-me perfeitamente de uma discussão num fórum do IMDb, acerca do que significava a expressão “Quentin Tarantino presents” constante na versão de Herói de Zhang Yimou, que estreou nos Estados Unidos. Só vos digo que haviam umas poucas de mentes brilhantes que estavam firmemente convencidas que Quentin Tarantino era, efectivamente, o realizador de “Herói”. Abstenho-me, naturalmente, de comentar...


"O invasor Hongsa, o rei da Birmânia"

Sri Suriyothai era uma personagem histórica que absolutamente nunca tinha ouvido falar na vida, até adquirir a película que presentemente se analisa. A sua história é inspiradora e não resisto a contá-la, mesmo tendo a consciência que o que se irá seguir, poderá consubstanciar-se num enorme spoiler!!! Ficam avisados!

Em 1548, quem reinava no Sião era o rei Maha Chakapat. Seis meses apenas tinham decorrido sobre a sua regência, quando os birmaneses invadiram o seu território. O rei Chakapat, como era sua obrigação, conduziu o exército real ao encontro dos invasores, montado no seu elefante de guerra. Às mulheres não era permitido combater. No entanto, a rainha Suriyothai, imbuída pelo amor ao seu marido, disfarçou-se de homem e igualmente partiu no seu próprio elefante. Durante a batalha, o elefante do rei Chakapat tombou devido às imensas feridas, e o monarca esteve em sério risco de ser morto. No entanto, a corajosa Suriyothai interpôs-se entre o marido e as tropas birmanesas, sendo morta e desta forma, salvando a vida do seu marido. Ai, já não se fazem mulheres como antigamente...

A nível argumentativo, esta longa-metragem poderá dividir-se em duas partes. A primeira gira em torno das lutas pelo poder, sendo constituída sobretudo por intrigas palacianas e assassinatos. Denota um certo interesse, principalmente histórico e visual, mas poder-se-á por vezes tornar-se algo monótono e nada ideal para apreciarmos, se estivermos extenuados após um penoso dia de trabalho. Mesmo assim, sempre se dirá que a parte dramática é conseguida, atingindo pontos de elevada qualidade. Quando tudo está assente no que toca às disputas pelo trono, entramos na segunda parte que se reconduzirá à invasão dos birmaneses. E aí sim, lá está presente todo aquele pendor épico que amo e para o qual eu vivo! Batalhas fenomenais, com centenas de figurantes e sangue a jorros. Um realismo admirável, dificilmente atingível por outras obras. Verdade se diga, à parte da impressionante luta corpo a corpo e do uso de artilharia, não há nada que se compare a um exército acompanhado por uma manada de elefantes! O seu avanço pesado, o animal couraçado, o cavaleiro armado com uma lança específica para o efeito...um espectáculo! É por estas e por outras, que uma das minhas personalidades históricas preferidas é Alexandre, o Grande. Quando o mítico imperador invadiu a Índia, teve uma batalha decisiva contra o Rei Porus, na margem do rio Hydaspes, actual Jhelum. Apesar das forças macedónias e aliadas serem numericamente superiores, as forças combinadas dos indianos possuíam nas suas fileiras cerca de 200 elefantes de guerra. A cavalaria macedónia foi praticamente inútil, pois os cavalos assustaram-se perante a visão dos formidáveis animais. Alexandre só viria a ganhar a batalha, com o sacrifício de cerca de 12.000 homens das suas extraordinárias falanges, que rodearam os elefantes e mataram-nos quase todos. Perdoem-me o aparte histórico, não resisti.

Uma nota que nos enobrece nesta película (ou talvez não) será a análise incidental à presença portuguesa no Sião, com vários mercenários nossos conterrâneos a combater do lado dos tailandeses e a serem pagos a peso de ouro. O detalhe histórico é extremamente cuidado, e isso nota-se nas suas armaduras e restante armamento, embora nunca seja explorado no sentido de os vermos a falar a nossa língua-mãe, e até ter uma personagem interventiva.

Já aflorei os cortes de que o filme foi alvo, por força da sua apresentação nos Estados Unidos e cabe agora revelar verdadeiramente qual a sua verdadeira fraqueza. É a própria rainha Suriyothai, o que é triste. Calma, não estou a atacar a actriz que a representa, mas sim o protagonismo de Suriyothai na película. É suposto, pretendendo esta longa-metragem ter um cunho biográfico (embora naturalmente romanceado), que a trama se centrasse na personagem da monarca. Ora, ela simplesmente desaparece a meio do filme, e ficamos a contemplar anos de intrigas e assassinatos sem ver cor da ilustre. Apenas quando os birmaneses invadem o Sião em força, é que Suriyothai reaparece na máxima força e toma nas suas mãos as rédeas da situação. Por isso que vos alerto que irão aprender muito mais acerca do período histórico do que acerca da personagem em si. Tenho praticamente a certeza que esta situação estará directamente relacionada com a passagem do filme pela sala de edição. Mas como não tive a oportunidade de comparar a edição que possuo, com a original, o que exteriorizei não passará de uma suposição.

Com uma rodagem que demorou mais de dois anos, precedida de 5 anos de estudos históricos e arqueológicos, de forma a produzir um épico de antologia, “A Lenda de Suriyothai” resultou numa película de inegável interesse, que com certeza será à medida dos fãs dos épicos como eu.

Aconselhável!

"Suriyothai em plena batalha"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: Cinema ao Sol Nascente

Avaliação:

Entretenimento - 7

Interpretação - 7

Argumento - 8

Banda-sonora - 7

Guarda-roupa e adereços - 9

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,63








terça-feira, março 25, 2008

Concurso - O Fim



Como já se devem ter apercebido, o concurso que levei a cabo no “My Asian Movies” findou. O vencedor inquestionável, auxiliado pelos seus indubitáveis conhecimentos, foi o Nuno do “Nunices”, que conjuntamente com o apoio moral da “Su” do “Marakoka” e a blueminerva do “Pérolas Intemporais” formaram uma “Santa Aliança” imparável, a quem ninguém conseguiu resistir, conforme a classificação que se segue:

1º Nuno 21 pontos
2º Nilton 6 pontos
3º Laha 2 pontos
4º Andador 1 ponto

Mesmo assim, gostaria de dar uma palavra de apreço a todos aqueles que ousaram participar nesta pequena brincadeira, pois os restantes concorrentes demonstraram bastante honra e “savoir faire”. Contudo, e como nem tudo são rosas, tenho de ser sincero e gostaria que o número de participantes tivesse sido um pouco maior. Tenho de confessar que no início estava a apontar para que na pior das hipóteses, tivéssemos aqui seis pessoas a pontuar e 10 a participar activamente (lá estou eu com projecções). O balanço final fica pelas 4 pessoas a pontuar (na realidade foram 5, mas para minha grande pena, uma desistiu), e 6 a participar activamente. Igualmente pensava colocar pelo menos 50 imagens e ficámo-nos pelas 39.
Mas acima de tudo o que interessa é que tenho a certeza que quase todos aqueles que aderiram a este desafio, divertiram-se tanto ou mais do que eu! Será sem dúvida uma iniciativa a repetir!
Sendo assim glória ao (s) vencedor (es), e mais uma vez felicitações pela brilhante e emblemática vitória!
Aos restantes, o meu "hail" muito especial!
Banzai 万歳 para todos :) !!!

segunda-feira, março 24, 2008

Concurso - 39ª imagem


Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 2 pontos. Regras AQUI e prémio AQUI.

domingo, março 23, 2008

Concurso - 38 ª imagem


Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

sábado, março 22, 2008

Concurso - 37ª imagem

Qual o filme a que corresponde esta imagem. Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

Concurso - 36ª imagem


Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

sexta-feira, março 21, 2008

Volcano High - Escola de Combate/Volcano High/Hwasango -
화산고 (2001)

Origem: Coreia do Sul

Duração: 117 minutos

Realizador: Kim Tae-gyoon

Com: Jang-hyuk, Sin Min-ha, Heo Joon-ho, Byeon Hee-bong, Kim Soo-ro, Kwon Sang-woo, Kong Hyo-jin, Jeong Sang-hoon, Kim Hyeong-jong, Yoon Moon-sik, Jo Seong-ha, Park Dong-bin, Seo Beom-sik, Jeong Won-joong, Kim Il-woo, Jo Sang-geon, Parg Geon-tae, Kim-hyuk, Eom Soo-jeong, Do Yong-goo, Kim Eung-soo

"Kim Kyung-soo"

Estória

“Volcano High” é um liceu onde todos os alunos parecem possuir poderes paranormais relacionados com as artes marciais, para além de procurarem insistentemente pela supremacia do seu clube de prática desportiva, perante os demais. Nesta escola, corre um rumor que o director possui um manuscrito que faz com que aquele que se atreva a desvendar os seus mistérios, fique com poderes ilimitados. O clube de halterofilismo, liderado pelo louco “Jang Ryang Touro Negro” (Kim Soo-ro), assim como o vil director-adjunto (Byeon Hee-bong), anseiam pela obtenção do documento. Os dois armam uma conspiração, envenenando o director, deixando-o desta forma numa estranha letargia. Igualmente tramam o mais forte aluno da escola, “Song Hak-rim” (Kwon Sang-woo), culpando-o pelo sucedido e fazendo com que o mesmo seja detido. No entanto, os seus planos saem frustrados, pois o mítico pergaminho não é encontrado.

A prisão de “Hak-rim” lança o liceu num caos, com todos os clubes a entrarem numa guerra desenfreada, para ver quem deterá o poder. Aos poucos, “Jang Ryang” começa a ganhar a supremacia e luta pela atenção amorosa da líder do clube de Kendo, “Yo Chae-yi Jade de Gelo” (Sin Min-ha). O problema é que “Ryang” tem um rival à altura em “Kim Kyung-soo” (Jang-hyuk), um estudante recentemente transferido para “Volcano”. “Kyung-soo” não se associa a nenhum clube, e recusa lutar por razões pessoais, embora possua poderes verdadeiramente espantosos.

"Yo Chae-yi, Jade de Gelo"

O espectro do liceu é seriamente abalado, quando o director-adjunto contrata cinco professores possuidores de habilidades paranormais extraordinárias. Os alunos começam a ser verdadeiramente disciplinados através da quantidade de pancada que levam, nos combates que travam com os novos docentes. A revolta começa a crescer em “Kyung-soo”, e este resolve intervir contra a ditadura imposta.

"O clube de halterofilismo, liderado por Jang Ryang, Touro Negro"

"Review"

Quando toca a desafiar a gravidade, poucos filmes se podem comparar com “Volcano High”. Sendo assim mais vale ir directamente ao óbvio e afirmarmos que estamos perante uma película, neste particular, na linha de “The Matrix”, dos irmãos Wachovski, e de “Dark City” de Alex Proyas, embora com características algo próprias.

O filme visa sobretudo entreter. E quanto a este aspecto, quase de certeza que ninguém irá ficar defraudado! Assenta sobretudo nos efeitos especiais, o que até se compreende, pois praticamente todos os protagonistas têm super-poderes. E de facto os efeitos especiais elaborados para “Volcano High” são de uma grandiosidade imensa e que nos arregala os olhos até doer! Combates fenomenais, não no sentido das artes marciais propriamente ditas, mas sim na espectacularidade dos voos em câmara lenta, nos saltos sobre-humanos, no domínio da energia de forma a canalizá-la contra o oponente, etc, etc, etc. Já estão a “ver o filme”. Tudo o que se pretende aqui é mostrar uma longa-metragem que fez uma clara aposta no “rebentar as costuras de estilo”, em detrimento de algo com mais substância.

O sentido de enclausuramento que resulta do liceu, também ajuda imenso a que seja criadas condições para uma típica arena de luta, onde todos se digladiam quase incessantemente pelo título de lutador mais forte da escola. Ao mesmo tempo, também constitui um dos aspectos em que o filme se encontra algo incompleto. Passo a explicar. A acção passa-se toda na área do liceu, que supostamente fica numa remota zona rural da Coreia do Sul. Nunca temos a oportunidade de ver ou saber se os alunos vão para casa a seguir às aulas, o que fazem nos seus tempos livres e o demais que é normal em pessoas daquela idade. Tudo se passa, acontece, vive, esmorece, “and so on, so on, so on...” no liceu. E daqui de duas uma. Ou estamos a falar de uma estrutura do género de um colégio interno, o que até acho provável atendendo aos “flashbacks” de “Kyung-soo”, ou então, o argumentista simplesmente marimbou-se para os outros aspectos necessários para que exista alguma empatia com as personagens, no sentido de as querermos conhecer melhor.

"Kyung-soo domina o elemento água"

O factor entretenimento, embora esteja sobretudo solidificado nos combates e nos efeitos especiais, também deixa algum espaço à comédia. O estilo é muito “cartoonizado” ou “cartunizado”, passe a expressão. Muita careta estúpida e estranha, movimentos súbitos, conversas sem nexo nenhum, quedas mirabolantes, galinhas a voar sempre que aparece o director e dedos em “v”. O “nonsense” nem sempre resulta muito bem, mas por vezes consegue arrancar-nos alguns sorrisos.

Os actores têm um desempenho à luz do filme. Preocupam-se muito mais em transmitir grandes poses do que representar. No entanto, sempre se dirá que quando lhes é facultada a oportunidade de respirar e não andar à pancada uns com os outros, acabam por conseguir um desempenho competente. A honra não irá tanto para o actor principal Jang-hyuk, mas sim para Kim Soo-ro, o inflamado “Jang Ryang”, que com os seus lampejos de superioridade e de "língua comprida", consegue uma interpretação meritória. É pena a personagem “Hak-rim”, interpretada pelo popular actor Kwon Sang-woo, não ter sido alvo de um maior desenvolvimento durante o filme, desaparecendo de cena relativamente cedo. Prometia bastante!

Como curiosidade final, refira-se que “Volcano High” foi alvo de uma adaptação americana para a MTV, onde pontificavam como actores nomes do rap de que constitui exemplo Snoop Doggy Dog, tendo ainda o veterano Pat Morita a dar uma perninha. A “brincadeira” não durou muito e ainda bem, pois com intervenientes destes, aliados às costumeiras atrocidades que se costumam fazer neste tipo de “remakes”, teríamos com certeza um produto de 1ª linha, a nível de palhaçada e mau gosto! Não vi, nem estou minimamente interessado em pôr os olhos naquele produto de duvidosa qualidade...

O principal mérito de “Volcano High” será o facto de ter sido o pioneiro na Coreia do Sul, no que concerne aos filmes que usam e abusam de efeitos especiais! Uma boa proposta para uma tarde domingueira, que não nos obrigará a pensar muito, mas sobretudo que elevará os índices de entretenimento para outros patamares! E este aspecto também merece um lugar de destaque no que toca à sétima arte, pois o cinema também visa, entre uma panóplia de objectivos, divertir!

"Kyung-soo luta com um professor"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: Cinedie Asia, Quando a barata voa, A Vida

Avaliação:

Entretenimento - 9

Interpretação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 7

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 9

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,75







Concurso - 35ª imagem


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quarta-feira, março 19, 2008

Concurso - 34ª imagem


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Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático que está sujeito ao vosso escrutínio, no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Tsui Hark

Informação

Filmografia (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto, basta clicar):

  1. Butterfly Murders (1979)
  2. We're Going to Eat You (1980)
  3. Dangerous Encounter - First Kind (1980)
  4. All the Wrong Clues (For the Right Solution) (1981)
  5. Zu: Warriors From the Magic Mountain (1983)
  6. Aces Go Places III - Our Man from Bond Street (1984)
  7. Shanghai Blues (1984)
  8. Working Class (1985)
  9. Peking Opera Blues (1986)
  10. A Better Tomorrow III: Love and Death in Saigon (1989)
  11. Swordsman (1990)
  12. The Raid (1991)
  13. Once Upon a Time In China (1991)
  14. The Banquet (1991)
  15. Twin Dragons (1992)
  16. Once Upon a Time in China II (1992)
  17. The Master (1992)
  18. King of Chess (1992)
  19. Once Upon a Time in China III (1993)
  20. Green Snake (1993)
  21. The Lovers (1994)
  22. Once Upon a Time in China V (1994)
  23. The Chinese Feast (1995)
  24. Love in the Time of Twilight (1995)
  25. The Blade (1995)
  26. Tristar (1996)
  27. Double Team (1997)
  28. Knock Off (1998)
  29. Time and Tide (2000)
  30. The Legend of Zu (2001)
  31. Black Mask II - The City of Masks (2002)
  32. Seven Swords (2005)
  33. Triangle (2007)


terça-feira, março 18, 2008

Concurso - 33ª imagem


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segunda-feira, março 17, 2008

Concurso - 32ª imagem


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Adeus Minha Concubina/Farewell My Concubine/Ba wang bie ji - 霸王别姬 (1993)

Origem: China/Hong Kong

Duração: 164 minutos

Realizador: Kaige Chen

Com: Leslie Cheung, Zhang Fengyi, Gong Li, Lu Qi, Ying Da, Ge You, Li Chun, Lei Han, Tong Di, Ma Mingwei, Fei Yang, Yin Zhi, Zhao Hailong, Li Dan, Jiang Wenli

"Cheng Dieyi"

Estória

1924, ano do generalíssimo chinês. “Cheng Douzi” (Ma Mingwei) é abandonado pela mãe que é uma prostituta, e fica aos cuidados de uma trupe de ópera chinesa. “Douzi” é uma criança diferente, enfrentando por este facto a discriminação dos colegas. No entanto, é amparado por “Shitou” (Fei Yang), um dos jovens que exerce o seu mister na companhia, e ambos tornam-se grandes amigos.

A disciplina na escola é bastante diferente do mundo de sonho que é apresentado ao público na representação das peças. A brutalidade impera, o regime do professor é atroz e deveras marcial. As crianças e adolescentes são brutalmente espancados, à mínima falha que cometam. No meio deste mundo cruel, “Douzi” acaba por aprender a tornar-se num Dan, ou seja, o actor que representa papéis femininos na ópera chinesa.

"Juxian"

1937, véspera da guerra com o Japão. “Douzi” e “Shitou” são estrelas famosas da ópera de Pequim, e mudaram os seus nomes para “Cheng Dieyi” (Leslie Cheung) e “Duan Xiaolou” (Zhang Fengyi). A ópera mais badalada que representam, e que os tornam amados pelo público é “Adeus Minha Concubina”. “Dieyi” começa a expressar mais acentuadamente a sua homossexualidade e está apaixonado pelo amigo “Xiaolou”. No entanto, este enamora-se por uma prostituta chamada “Juxian” (Gong Li), e casa com ela. Esta situação afasta os dois amigos, e “Dieyi” recusa actuar com “Xiaolou”.

Posteriormente, os companheiros sanam as suas diferenças e voltam à representação. No entanto, em 1966, a revolução cultural de Mao Tse Tung iria deixar marcas indeléveis no percurso dos amigos em particular e da ópera de Pequim em geral.

"Xiaolou e Dieyi"

"Review"

Falar ou escrever acerca de “Adeus Minha Concubina”, é uma honra para quem possui a temeridade de expressar algo acerca de um dos maiores expoentes de sempre do cinema asiático. Torna-se igualmente uma empresa extremamente complicada, porquanto estamos perante uma película impregnada de um sem número de aspectos sentimentais, sociológicos e históricos de relevo incontornável. Isto faz com que seja praticamente impossível abarcar todo o esplendor daquele que para muitos é considerada a mais bela obra de cinema oriental jamais feita. Eu não partilho desta opinião, no que concerne à eleição propriamente dita, mas há que profusamente reconhecer que estamos perante uma longa-metragem verdadeiramente essencial para aqueles que amam o cinema em todas as suas vertentes.

Baseado num romance da escritora chinesa Lilian Lee, podemos afirmar que, ao contrário de outras obras magníficas de cinema asiático, “Adeus Minha Concubina” teve um merecido reconhecimento mundial, o que em muito contribuiu para um olhar de respeito do ocidente para o que de melhor se fazia na sétima arte oriental. Atestam esta afirmação os inúmeros prémios que venceu em certames internacionais. Do seu “currículo” destacam-se pela proeminência, a nomeação para dois óscares (Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Fotografia), os prémios BAFTA (Reino Unido) e Globo de Ouro (E.U.A.) para o melhor filme estrangeiro, e a Palma de Ouro de Cannes, distinção partilhada com “O Piano” de Jane Campion.

São 53 anos de retrospectiva que passam pelos nossos olhos aquando do visionamento desta película, e que abordam aspectos nucleares da história chinesa do século XX, e que o filme faz questão de os distinguir e titular muito bem, de forma a que não percamos o “fio à meada”. O enredo arranca em 1924 (“Era do generalíssimo chinês”), e passa por 1937 (“Véspera da guerra com o Japão”), 1945 (“Derrota japonesa”), 1948 (“Evacuação dos nacionalistas de Chiang Kai Chek para Taiwan), 1966 (“Revolução cultural”), terminando em 1977 (“O ano em que nasceu Jorge Soares Aka Shinobi” - eh, eh, eh, isto não consta do filme como é óbvio!!!). Relacionado intimamente com os aspectos históricos, algumas críticas têm sido aventadas no sentido de os mesmos carecerem de algum desenvolvimento argumentativo. Ora, quanto a este particular, julgo pontificarem duas razões de extrema relevância, uma directamente relacionada com a trama, outra de ordem mais prática. Quanto à primeira, sempre se dirá que a história serve apenas de pano de fundo para uma narrativa que assenta em dois aspectos fulcrais, a saber, a relação entre dois amigos e a sua ligação à ópera de Pequim. Trata-se, portanto de um aspecto secundário importante, mas que não pode deixar de ser encarado como um “sidekick” para algo mais central. Relativamente à segunda, é importante referir que “Adeus Minha Concubina”, à semelhança de outras obras chinesas (embora esta tenha tido também influência da região administrativa de Hong Kong), passou pelo crivo da censura duas vezes. E como é óbvio, o resultado foram alguns cortes de cenas consideradas “agitadoras” do espectro comunista chinês. Mesmo assim, até considerei neste caso em concreto que o “Index” lá do sítio foi benevolente e algo democrático, pois podemos nos aperceber perfeitamente da brutalidade primária da denominada “Revolução Cultural”, e dos efeitos perniciosos que a mesma teve em aspectos nucleares do modo vivencial e tradição do povo chinês.

"Dieyi preparado para a representação de Adeus Minha Concubina"

O trio fantástico de actores dá vida a uma performance memorável e que tão cedo não é esquecida. Que me perdoem Zhang Fengyi e Gong Li, mas é o malogrado Leslie Cheung que faz uma actuação de vida, que não apenas roça, mas atinge verdadeiramente o brilhantismo. E que ainda assume mais relevância, quando conhecemos um pouco da carreira desta figura incontornável. Cheung não era propriamente um actor virado para os dramas ditos mais intelectuais, apesar da sua carreira ser bastante ecléctica, com incursões por vários géneros desde o “wuxia”, o romance, a acção muito relacionada com tríades, etc. Aqui temos a oportunidade de ver um Cheung, mais maduro, seguro de si e demonstrando a todos aqueles que ainda teriam algumas dúvidas, que de facto estamos (infelizmente “estávamos”) perante um actor de dimensão superior. O papel de “Dieyi” assenta-lhe que nem uma luva, não pelas razões que algumas línguas viperinas declaram à altura, em alusões quase frontais à homossexualidade do actor, mas sim porque Cheung foi dos melhores intérpretes asiáticos de todos os tempos. Tão simples como isso. Não deve ser nada fácil representar um “dan” da ópera de Pequim, e Cheung falo com a maior sensibilidade do mundo e arredores, ilustrada pela seguinte frase proferida no filme pelo mestre de “Dieyi”: “Um sorriso desperta na Primavera, uma lágrima escurece o mundo inteiro. Como é que isto te beneficia, se apenas tu possuis tal qualidade?!”.

“Adeus Minha Concubina” respira estética por todos os poros, sustentado por um guarda-roupa lindíssimo e uma fotografia verdadeiramente de sonho, com pormenores ao alcance de poucos. O esplendor visual é de cortar simplesmente a respiração! Num manancial de cores, é-nos apresentado vários momentos da famosa Ópera de Pequim, que confesso, é necessário aprender a apreciar. Contudo, a actuação muito própria deste género de representação, é extremamente envolvente e leva-nos, nem que seja pela curiosidade, a tentar entender o que os actores pretendem transmitir.

Kaige Chen foi um filho da revolução, dita cultural, chinesa. Em 1969, foi enviado para o meio rural, onde foi sujeito a trabalhos bastante árduos. Posteriormente viria a ser um guarda vermelho, e aquando da sua entrada para a escola de cinema, denunciou algumas actividades do seu próprio pai, susceptíveis de serem qualificadas como subversivas. O pai de Chen viria a ser detido e sentenciado a trabalhos forçados por alguns anos. Apesar do seu progenitor o ter perdoado, Chen confessaria a sua vergonha por tal facto, mais do que uma vez. Quem conhece esta história pessoal do realizador, e tendo o pai deste trabalhado igualmente neste filme, poderá sentir a comoção que não deverá ter sido as filmagens que abordaram este período, onde se vislumbraram tantas traições familiares.

Em “Adeus Minha Concubina” somos transportados para outra terra e tempo distintos do nosso, em que não somos apenas meros figurantes, mas conseguimos verdadeiramente sentir o pulsar das emoções transmitidas. E é deste Kaige Chen que todos nós precisamos! O revelar de uma das mentes mais esclarecidas e brilhantes da denominada quinta geração dos realizadores chineses, a quem é exigível a realização de mais obras de dimensão superior! “Flops” com intuitos comerciais como “The Promise” é que dispensamos e nada acrescenta às nossas vidas!

Um momento verdadeiramente magnífico e imperdível, que está para os amantes de cinema, como uma ida a Meca para os muçulmanos. Temos que lá estar, nem que seja uma única vez!

"Dieyi aprisionado pelos guardas vermelhos de Mao Tse Tung"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português/espanhol:

Avaliação:

Entretenimento - 7

Interpretação - 10

Argumento - 9

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 9

Emotividade - 9

Mérito artístico - 10

Gosto pessoal do "M.A.M." - 9

Classificação final: 8,88





Concurso - 31ª imagem


Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

domingo, março 16, 2008

Concurso - 30ª imagem


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sábado, março 15, 2008

Concurso - 29ª imagem


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sexta-feira, março 14, 2008

Concurso - 28ª imagem


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Nota: Hoje é sexta-feira. Só me apetece sair porta fora, pelo que se não sancionar logo a resposta, ficam avisados da razão para tal :) ! Aproveito para informar que vou tirar uma semanita de férias, pelo que o horário costumeiro do lançamento das fotos, poderá sofrer algumas alterações, shuashuashua (riso maléfico)!

quinta-feira, março 13, 2008

Concurso - 27ª imagem


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Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático que está sujeito ao vosso escrutínio, no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Kaige Chen

Informação

Filmografia como realizador (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto, basta clicar):

  1. Yellow Heart (1984)
  2. The Big Parade (1986)
  3. King of the Children (1987)
  4. Life on a String (1991)
  5. Temptress Moon (1996)
  6. Killing Me Softly (2002)
  7. Together (2002)


quarta-feira, março 12, 2008

Concurso - 26ª imagem

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terça-feira, março 11, 2008

Concurso - 25 ª imagem

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From the Heart/Dil Se...- दिल से (1998)

Origem: Índia

Duração: 152 minutos

Realizador: Mani Ratnam

Com: Shahrukh Khan, Manisha Koirala, Preity Zinta, Raghuvir Yadav, Sabyasachi Chakravarthy, Piyush Mishra, Krishnakant, Aditya Srivastava, Ken Philip, Sanjay Mishra, Mita Vasisht, Arundhati Rao, Malaika Arora, Gautam Bora, Manjit Bawa

"Varna e Meghna"

Estória

“Amarkant Amar Varna” (Shahrukh Khan) é um jornalista da estação radiofónica “All India”, que é enviado da capital Deli para o norte do país, tendo em vista elaborar uma reportagem acerca de distúrbios relacionados com as comemorações do 50º aniversário da independência da Índia.

Numa estação de comboio, “Varna” depara-se com uma rapariga chamada “Meghna” (Manisha Koirala), e apaixona-se instantaneamente. “Meghna”, apesar de parecer sentir-se atraída por “Varna”, recusa os seus avanços. No fim da sua estada na região turbulenta, “Varna” acaba por ser barbaramente agredido por supostos familiares de “Meghna”, de forma a que deixe de insistir numa relação com a rapariga.

"Chaiyya Chaiyya"

“Varna” regressa a Deli, e tempos depois torna-se noivo de “Preeti” (Preity Zinta). A vida parece correr bem, até que “Meghna” aparece em casa de “Varna” e solicita-lhe refúgio e trabalho na rádio “All India”. O jornalista cede perante os pedidos de “Meghna”, e todo o seu sentimento começa a despontar outra vez.

Mal imagina “Varna”, que “Meghna” é uma terrorista que se encontra em Deli para cometer um atentado suicida contra o primeiro-ministro da União Indiana. E apesar da rapariga amar “Varna”, de todo o coração, nada a fará desistir do seu objectivo.

"O juramento dos terroristas"

"Review"

Sem qualquer tipo de preconceito, iremos agora falar de um ilustre representante da maior (não confundir com melhor, por favor) indústria de cinema asiática e mundial: Bollywood! Para os mais distraídos, e que porventura pensavam que este espaço desprezava o cinema proveniente de Bombaim, alerto que em tempos elaborei um texto acerca de outro filme de “Bollywood”. Trata-se do épico “Asoka” (ver AQUI).

Aquando da sua estreia, “Dil Se...” esteve longe de ser um estrondoso sucesso, revelando resultados de bilheteira muito abaixo das expectativas geradas. Contudo, esta situação haveria de mudar com a subsequente internacionalização do filme, e presença em alguns festivais, como Berlim, onde em 1999 venceu um prémio. A grande consagração e surpresa, adviria do Reino Unido, onde “Dil Se...” viria a ser o primeiro filme indiano a entrar no top 10 do “box office” inglês.

Antes de tudo, e como seria de esperar de um filme de “Bollywood”, “Dil Se” é uma estória de paixões... Ah, é verdade! Nada de suspense, e deixemo-nos de rodeios! Admitamos desde já que é uma película trágica também! Portanto, podem ir buscar os vossos lenços para secar os litros de lágrimas que irão jorrar! Hum...estava a brincar! Uma das características que faz com que “Dil Se” fuja um pouco ao estigma da maior parte dos seus conterrâneos, é que contém drama quanto baste, não entrando em exageros demasiado pirosos. No entanto, é certo que como um bom filho daquelas paragens, o filme não se livra das músicas, nem do final estrondosamente triste do costume. Portanto...

Falemos de amor. A premissa para a trama apaixonada em “Dil Se” tem muito de espiritual, diga-se de passagem. De acordo com a literatura árabe antiga, o amor tinha sete estád(i)os a saber: “Hub” (Atracção), “Uns” (Arrebatamento), “Ishq” (o Amor propriamente dito), “Aquidat” (Respeito), “Ibaddat” (Veneração), “Junoon” (Obsessão) e “Maut” (Morte). É assumido pelo próprio argumento e pela personagem interpretada por Shah Rukh Khan, que o filme pretende fazer uma recriação de todos os aspectos atrás mencionados. E de facto, se visionarmos a película com alguma atenção, sempre poderemos dividi-lo em sete partes, que corresponderão quase na perfeição às tais fases do amor. Eu pelo menos vi a película desta perspectiva, embora admita que possa ter sido condicionado de alguma forma pela sinopse. Outros defendem que as cinco primeiras fases são claramente inexistentes, e que praticamente nos ficamos pela obsessão e pela morte. Não compartilho nada desta ideia.

"Meghna e Preeti, a noiva de Varna"

Paralelamente ao óbice amoroso, subjaz o aspecto polémico desta longa-metragem e que o faz ser pouco comum (embora não único) na cinematografia de “Bollywood”: a mensagem política.
É claramente passada a ideia que o 2º país mais populoso do mundo (cerca de 1112 milhões de pessoas), não se encontra tão unido quanto isso, padecendo pelo contrário de uma forte desagregação social e étnica, onde grandes cidades como Deli, Bombaim, Calcutá ou Madrasta são consideradas o cerne do país e o resto é conversa. Este tipo de centralismo, normalmente dá azo a regionalismos exacerbados, que degeneram muitas vezes em sentimentos independentistas. Tais extremismos normalmente são expressados em comportamentos violentos. Daqui nasce o que várias vezes apelidamos de terrorismo. Para outros é uma luta justa, que visa conseguir a auto-determinação de um povo ostracizado e desprezado. A própria ideia da mulher - terrorista, retratada em “Meghna”, e do seu propósito final de querer assassinar o primeiro-ministro indiano, parece ser baseada num evento real. Falo do assassinato de Rajiv Ghandi, às mãos de uma bombista suicida, em 1991 (possuo algumas recordações deste evento, pois já contava 14 anos à altura). A mulher chamava-se Thenmuli Rajaratnam, e era um membro da organização “Tigres Tamis”.

Passemos a coisas mais alegres e falemos das inevitáveis músicas. A primeira coisa a referir é que todas sem excepção (e por incrível que pareça para alguns) possuem uma qualidade bastante elevada. Não será alheio ao facto, o compositor das melodias ser um dos maiores nomes da “world music”, ou seja, um senhor que tem por nome A. R. Rahman. Da banda-sonora destaca-se claramente “Chaiyya Chaiyya”. Apreciem-no AQUI, ou em alternativa, também poderão ouvi-la na caixa de música que se encontra no blogue. Esta melodia em particular constitui um dos maiores êxitos do cinema de “Bollywood”. A prova disso mesmo é que igualmente faz parte do genérico inicial do filme “Inside Man” de Spike Lee, assim como constitui um dos vários sons que compõem a eclética banda-sonora de “Moulin Rouge”, de Baz Luhrmann. Gosto mesmo do raio da música! Tanto que até me apetece saltar para cima de um comboio em andamento e dar pulos que nem um louco! E a propósito deste aspecto, fica aqui registado que a sequência que poderão acima visionar no “clip” mencionado não foi isenta de acidentes, como facilmente poderemos imaginar. Tratou-se, segundo li, da primeira dança de um filme de “Bollywood” a ser efectuada num comboio em andamento. Como podem facilmente perceber, poderão haver alguns problemas de equilíbrio. Shahrukh Khan, a estrela da companhia quis dar o exemplo, e não usou qualquer tipo de medida de segurança durante a rodagem da cena em questão (está na altura da piada machista: “pois, grande coisa! Se eu tivesse pela frente uma rapariga como a modelo Malaika Arora, também não me fazia rogado e até executava mortais com o comboio em andamento!”). Pelos vistos, alguns dos que resolveram seguir os passos de Khan, não se deram bem e parece que existiram alguns ferimentos a reportar, embora nenhuma vítima grave.

Merece ainda uma palavra de apreço, a excelente fotografia desta longa-metragem, com paisagens de sonho, que aproveitam ao máximo as excelentes localizações que a Índia tem para nos oferecer. São-nos apresentados igualmente alguns cenários idílicos do enclave de Caxemira e do Butão. É, acima de tudo, apresentada uma viagem de sonho, desde florestas verdejantes, até desertos cuja temperatura só empalidece perante a força dos sentimentos que por vezes é transmitida.

“Dil Se – From the Heart”, como o nome indica, é um filme feito com o coração. Todos nós sabemos que quando assim o é, à semelhança de tudo na vida, as coisas por vezes perdem algum discernimento. No entanto, não deixa de ser uma boa proposta de uma cinematografia que por vezes, injustamente, está associada ao que de menos bom se faz no cinema mundial.

"O desespero dos amantes"

Trailer,

The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português:

Avaliação.

Entretenimento - 8

Interpretação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 9

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artísitco - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,75





segunda-feira, março 10, 2008

Concurso - 24ª imagem

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Concurso - 23ª imagem


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Nota: Esta é a imagem que presentemente uso no ambiente de trabalho do meu PC.

domingo, março 09, 2008

Concurso - 22ª imagem


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