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quarta-feira, março 03, 2010

Testemunhos de Miguel Teixeira (“O Lado B da Vida”)

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O convidado desta semana é Miguel Teixeira, o administrador do blogue “O Lado B da Vida” (carregar na imagem supra para aceder), um espaço de reflexão pessoal que nos dizeres do próprio entrevistado se inspira na dualidade da nossa existência e das experiências que vivemos. “Porque na vida nem tudo é branco ou preto, bom ou mau, verdade ou mentira. Porque a vida não tem necessariamente de ser aquilo que parece (…) – Miguel Teixeira dixit. O Miguel é um apreciador de cinema asiático, principalmente do drama sul-coreano, e tem sido uma presença assídua e bem-vinda no “My Asian Movies”. Aproveitem e visitem “O Lado B da Vida”, pois possui uma variedade de assuntos muito interessante, entre os quais, o cinema.

Abaixo fica o resultado da entrevista.

“M.A.M.”: O que achas que distingue genericamente a cinematografia oriental das demais?

Miguel Teixeira : Basicamente uma extrapolação dos sentimentos levados quase ao limite, tanto no drama como na comédia e alguma pureza por vezes inocente e infantil que raramente encontramos nos blockbusters ocidentais.

“M.A.M.”: O que te fascina mais neste tipo de cinema?

M.T. : Tudo o que mencionei na resposta anterior, como se ainda fosse possível assistir a bom cinema ainda não corrompido pelos grandes interesses comerciais, mais preocupados com receitas de bilheteira ou com o egocentrismo pseudo-intelectual de certos realizadores. Não se entende o cinema asiático, sente-se.

“M.A.M.”: Tens ideia de qual o primeiro filme oriental que visionaste?

M.T. : O “Tigre e o Dragão” e “Herói”, que foram aliás os precursores de uma maior aposta por parte das distribuidoras em relação ao cinema oriental. Aliás, odiei esse primeiro contacto. Felizmente fui perseverante, mas o mercado nacional ainda continua a apostar muito nesse género de filmes, quando há muito e excelente cinema de géneros distintos, que infelizmente não chegam ainda ao grande público.

“M.A.M.”: Qual o país que achas, regra geral, põe cá para fora as melhores obras? No fundo, a tua cinematografia oriental favorita?

M.T. : A da Coreia do Sul, talvez por terem sido daí os primeiros filmes que me envolveram sobremaneira, embora tenha começado há pouco a descobrir e a apreciar filmes de outras nacionalidades como o Japão e mesmo Taiwan ou a Índia, musicais à parte.

“M.A.M.”: E já agora, qual o género com o qual te identificas mais? És mais virado (a) para o drama, épico, wuxia, “Gun-fu”...

M.T. : Alguma comédia mas sobretudo drama e romance. A maior parte dos filmes asiáticos consegue mesclar na perfeição esses três géneros passando de um para o outro e com igual intensidade, quase sem darmos por isso.

“M.A.M.”: Uma tentativa de top 5 de filmes asiáticos?

M.T. : Já sei que vou ser injusto para com alguns dos meus favoritos, mas assim à cabeça diria: "A Moment to Remember", "Polícia em Fúria", "Windstruck", "Love Me Not" e "A Millionaire's First Love", entre tantos outros.

“M.A.M.”: Realizador asiático preferido?

M.T. : Kwak Jae-Yong.

“M.A.M.”: Já agora, actor e actriz?

M.T. : Jackie Chan, entre os actores, e uma escolha difícil entre elas, com Vicki Zhao Wei, Jeon Ji-Hyeon ou Moon Geun-Young, com uma ligeiríssima vantagem para a primeira.

“M.A.M.”: Um filme oriental sobrevalorizado e outro subvalorizado?

M.T. : Sobrevalorizado e segundo uma opinião muito pessoal "O Tigre e o Dragão", apesar de ter recuperado de certa forma o cinema oriental aos olhos do ocidente. Já subvalorizado é complicado dizer, já que boa parte dos meus preferidos nunca teve edição em Portugal. Talvez "A Moment To Remember".

“M.A.M.”: A difusão do cinema oriental está bem no teu país, ou ainda há muito para fazer?

M.T. : Há muito por fazer, porque a maior parte das pessoas ainda identifica o cinema oriental com o género wuxia ou o de terror, o que obviamente limita o número de apreciadores. Devia haver uma maior aposta, assim como no cinema brasileiro. No entanto, é de louvar algumas pedradas no charco como o lançamento do excelente “Windstruck” (“Sempre ao Teu Lado”, na versão nacional).

“M.A.M.”: Que conselho darias a quem tem curiosidade em conhecer o cinema oriental, mas sente-se algo reticente?

M.T. : Arriscar e ser perseverante. Eu não me arrependi.

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